PARIS 2024

Caio Bonfim conquista prata histórica na marcha atlética de 20km em Paris

Mais uma medalha para o Brasil. Veja no Jaumais a programação do dia dos brasileiros em Paris

Caio Bonfim conquista prata histórica na marcha atlética de 20km em Paris
Caio Bonfim, medalhista de prata. Foto Alexandre Loureiro/COB
Publicado em 01/08/2024 às 8:14

Na quarta edição de Jogos Olímpicos, atleta de Sobradinho é recompensado após anos de resiliência

Caio Bonfim é a personificação da resiliência. Encarou por anos ofensas machistas enquanto treinava nas ruas de Sobradinho, no Distrito Federal. Enfrentou sol, chuva, quilômetros e quilômetros de treinos e competições mundo afora tentando levar a marcha atlética do Brasil onde ela nunca tinha estado. Hoje, o filho de Gianetti e João, também marchadores, chegou aonde sempre mereceu: no pódio olímpico.

A conquista da inédita prata olímpica para o nosso país veio na prova masculina de 20km dos Jogos Olímpicos Paris 2024, quarta edição do evento em que Caio compete. Nesta quinta-feira ele cobriu o trajeto em 1h19min09, ficando atrás apenas do equatoriano Brian Daniel Pintado, campeão com 1min18s55. O espanhol Alvaro Martin completou o pódio.

“Medalha no Brasil, na marcha atlética, não tem cor. Quando eu passei a linha de chegada no Rio, eu pensei se teria outra oportunidade de disputar os Jogos. Tive muito orgulho daquele quarto lugar. Abriu muitas portas. Na minha cidade, brinco que antes da Rio 2016 eu era xingado quando marchava. Depois de lá, mudou. As buzinas vinham seguidas de ‘vamos, campeão’. Quando meu pai me chamou para marchar pela primeira vez, eu fui muito xingado naquele dia. Era muito difícil ser marchador”, disse.

Caio Bonfim fez sua primeira participação nos Jogos em Londres 2012, na 39ª colocação. Na Rio 2016, em casa, bateu na trave, terminando em quarto lugar. Em vez de lamentar o “quase”, ajoelhou e apontou para o céu em gratidão. Em Tóquio foi o 13º colocado. Nunca deixou de lutar e teve nos Campeonatos Mundiais a confirmação de que sempre este no caminho certo. Ele foi bronze em Londres 2017 e Budapeste 2023.

“Eu não sei dizer para vocês o que significa isso tudo. Não estou acostumado a ser chamado de medalhista olímpico. Sempre foi um sonho. Eu sou de Brasília. Eu cresci com Joaquim Cruz. A nossa bolsa atleta ela começou por causa do resultado dele. E hoje eu tenho uma medalha igual a ele. É um momento especial que representa todos esses anos. Olimpíada não representa apenas um ciclo olímpico. É toda uma vida”, completou Caio, emocionado.

Caio impõe ritmo fortíssimo

O brasileiro disparou na primeira das 20 voltas no circuito construído no Trocadéro e chegou a abrir sete segundos de margem para os adversários. O pelotão dos líderes encostou depois, mas Caio não deixou o grupo em momento algum e se manteve firme entre os cinco primeiros. Brian Pintado disparou em determinado momento rumo à vitória.

Para Caio, não importava. Concentrado na própria prova, seguiu marchando rumo à linha de chegada para um resultado histórico coroar toda a sua trajetória, todo o suor que deixou no asfalto da pequena Sobradinho ao longo de anos de treinos e dedicação. O filho de Gianetti e João hoje, aos 33 anos, pode contar para os próprios filhos: quem espera e – trabalha duro por isso – sempre alcança.

FONTE: COB.ORG.BR

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NATAÇÃO

O Brasil voltou a uma final feminina de revezamento após 20 anos. As mulheres garantiram vaga para a decisão do 4x200m na manhã desta quinta-feira (1). As brasileiras terminaram em segundo lugar na série e quinto na colocação geral com 7min52s81, apenas um décimo atrás do recorde sul-americano de 7min52s71 batido no Campeonato Mundial Doha 2024.

Maria Fernanda Costa abriu para 1min56s89. Stephanie Balduccini fez 1min57s93, Maria Paula Heitmann completou em 1min59s43 e Gabrielle Roncatto fechou em 1min58s56. Ela quase alcançou a equipe dos Estados Unidos, que ganhou a bateria com 7min52s71. É a quarta final olímpica da natação nos Jogos Olímpicos Paris 2024, a terceira das mulheres. A decisão acontece ainda hoje, às 16h49 (de Brasília).

Guilherme Caribé foi o primeiro brasileiro a entrar na piscina na classificatória para nadar os 50m livres. Na raia 6, ele fez o tempo de 22.31 e ficou apenas em sexto lugar na a série. Na colocação geral, terminou em 23º lugar.

ATLETISMO

Na marcha atlética feminina, o Brasil acabou terminando sem medalhas. Três brasileiras participaram da disputa e a melhor colocada foi Erica Sena, que terminou a prova em 13º lugar com o tempo de 1h29min32s. Viviane Lyra terminou em 19º lugar,  com 1h30min31s, e Gabriela Sousa ficou na 36º colocação com 1h35min50s.

A chinesa Yang Jiayu conquistou a medalha de ouro, seguida da espanhola Maria Perez e da australiana Jemima Montag.