JUSTIÇA

Justiça de Pernambuco determina prisão de Gusttavo Lima em operação de lavagem de dinheiro

A Operação Integration, que já prendeu mais de dez pessoas e sequestrou bens avaliados em mais de R$ 2,1 bilhões, evidencia a interseção entre o mundo do entretenimento e o crime organizado no Brasil.

Justiça de Pernambuco determina prisão de Gusttavo Lima em operação de lavagem de dinheiro
Reprodução Extra / divulgação SSP/SP
Publicado em 23/09/2024 às 16:31

O cantor sertanejo Gusttavo Lima, uma das maiores estrelas da música brasileira, foi alvo de uma decisão judicial que decretou sua prisão nesta segunda-feira, 23. A medida faz parte da Operação Integration, que investiga um extenso esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais e que já resultou na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra no início do mês.

A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, emitiu o mandado de prisão preventiva após o Ministério Público solicitar novas investigações sobre o caso. No documento, a magistrada expressa a preocupação com a ordem pública, afirmando que “não vislumbra nenhuma outra medida cautelar menos gravosa” que possa garantir a integridade do sistema judicial.

De acordo com a decisão, Gusttavo Lima, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, é acusado de “conivência com foragidos”, especialmente em relação a uma viagem feita por ele com os investigados José André e Aislla, que permanecem na Europa, evitando a justiça. A operação também resultou na apreensão de um avião, anteriormente registrado em nome da empresa do cantor, a Balada Eventos e Produções, levantando suspeitas sobre a real propriedade e uso da aeronave.

A equipe de Gusttavo Lima, em resposta à apreensão do avião, afirmou que a aeronave havia sido vendida legalmente, embora registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) ainda indicassem sua empresa como proprietária. O cantor, por sua vez, usou suas redes sociais para se declarar inocente, negando qualquer envolvimento com os crimes investigados.

A Operação Integration, que já prendeu mais de dez pessoas e sequestrou bens avaliados em mais de R$ 2,1 bilhões, evidencia a interseção entre o mundo do entretenimento e o crime organizado no Brasil. Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, outros estão sendo investigados, incluindo empresários do setor de apostas.