CASO CLAUDIA/APAE
Polícia Civil prende nove pessoas em desdobramento do caso Claudia Lobo e desvios milionários na APAE Bauru
O crime expôs um cenário de má gestão e corrupção na instituição, gerando uma investigação paralela sobre desvios financeiros.
Novidades e ‘bomba’ no caso da morte de secretária da APAE, conforme notícias do G1 Bauru e do JC Net
A Polícia Civil de Bauru realizou na manhã desta terça-feira (3) uma operação que culminou na prisão de nove pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraudes e desvios milionários na APAE Bauru. Entre os presos estão Letícia Lobo, filha de Claudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade assassinada em agosto deste ano, o ex-marido e uma irmã de Claudia, além de um policial militar e funcionários e ex-funcionários da APAE.
A operação, conduzida pelo Setor de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), também apreendeu joias, veículos, armas e documentos relacionados às irregularidades. O delegado responsável, Glaucio Stocco, destacou que as prisões temporárias, concedidas pela Justiça, são fundamentais para impedir interferências e avançar nas investigações.
“Identificamos indícios de uma organização criminosa que operava dentro da APAE, possivelmente com envolvimento de empresários locais. Estimamos cifras milionárias desviadas, mas os valores exatos ainda estão sob análise”, afirmou Stocco. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 18 endereços, e materiais como celulares e computadores estão sendo periciados.
Relembre o caso Claudia Lobo
O caso ganhou notoriedade em agosto, quando Claudia Lobo foi dada como desaparecida. Dias depois, o então presidente da APAE, Roberto Franceschetti Filho, confessou tê-la assassinado com um tiro dentro de um veículo da entidade. Claudia teria sido morta em meio a disputas de poder e desvio de recursos. O corpo, segundo confissão de um funcionário da APAE, foi queimado e suas cinzas espalhadas.
O crime expôs um cenário de má gestão e corrupção na instituição, gerando uma investigação paralela sobre desvios financeiros. O inquérito concluiu que Claudia e Franceschetti estavam envolvidos em um embate por controle de verbas, com documentos indicando inconsistências contábeis e desvios.
“A investigação nossa busca apurar desvios de recursos na Apae, então o crime considerando que os recursos são em sua maioria de origem pública envolve os crimes de peculato, associação e organização criminosa e lavagem de dinheiro. E são cifras milionárias desviadas, infelizmente”, afirma o delegado Glaucio Stocco. (FONTE: G1)
Próximos passos
As investigações seguem em sigilo, e a Polícia Civil promete novas revelações. Stocco adiantou que empresários podem estar envolvidos no esquema. Uma coletiva de imprensa está prevista para esta quarta-feira, quando mais detalhes sobre os desdobramentos deverão ser apresentados.
O caso Claudia Lobo, que chocou a cidade, segue desvelando uma rede de corrupção e poder, ampliando a gravidade do impacto na APAE e na comunidade.
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