PARIS 2024

Brasil ganha medalhas de prata e bronze no surfe

Tati se manteve na briga até a última onda, quando precisava de um 4.68 pra virar a bateria. A nota de 4.50 decidiu pela prata da brasileira, que somou 10.33 contra 10.50 da adversária.

Brasil ganha medalhas de prata e bronze no surfe
William Lucas/COB
Publicado em 05/08/2024 às 22:54

Tricampeão mundial derrotou Alonso Correa em disputa pelo 3º lugar; Tati Weston-Webb perde o ouro por 0,17 para campeã mundial

O Brasil escreveu nesta segunda-feira, dia 5, mais um capítulo inesquecível na história do surfe mundial. Nas míticas ondas de Teahupo´o, no Taiti, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina conquistaram medalhas de prata e bronze, respectivamente, e se juntaram a Italo Ferreira na galeria de conquistas olímpicas na modalidade. Depois de três dias de espera, a competição aconteceu em um mar com ondas de 4 a 8 pés de frente e no último dia possível de janela.

Após vencer a costarriquenha Brisa Hennessy por na semifinal por 13.66 a 6.17, na decisão do ouro Tati teve pela frente a americana Caroline Marks, atual campeã mundial. Tati se manteve na briga até a última onda, quando precisava de um 4.68 pra virar a bateria. A nota de 4.50 decidiu pela prata da brasileira, que somou 10.33 contra 10.50 da adversária.

A trajetória de Tati até a medalha teve um percalço na primeira rodada, quando a brasileira ficou na segunda colocação e teve que disputar a repescagem para se manter viva na competição. A partir daí, a “capitã” do surfe feminino, como é chamada entre as atletas, ligou seu modo competitivo e não parou mais.

Já Medina, para chegar ao sonhado pódio olímpico, venceu o peruano Alonso Correa na disputa do bronze por 15.54 a 12.43. (FONTE:COB.ORG.BR)

William Lucas/COB

Gabriel Medina garante bronze para o Brasil no surfe masculino

O brasileiro Gabriel Medina conquistou a medalha de bronze do torneio masculino de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris (França) após derrotar o peruano Alonso Correa por 15,54 a 12,43, nesta segunda-feira (5) em Teahupoo (Taiti), na disputa pelo terceiro lugar.

Para conseguir o triunfo o tricampeão mundial teve força mental para se recuperar de uma frustrante performance na semifinal da competição, na qual foi derrotado pelo australiano Jack Robinson por 12,33 a 6,33 em uma disputa na qual acabou surfando apenas uma vez na bateria, sendo muito prejudicado pelas condições ruins do mar de Teahupoo e pela aposta em manter a prioridade para pegar uma boa onda.

Diante de Alonso Correa, Medina mudou completamente a sua estratégia, e, mesmo em um mar pequeno, mostrou toda a sua qualidade técnica para empilhar boas manobras para somar duas notas 7,77 para superar o peruano.

“Fico feliz com a medalha. Eu treinei bastante esse ano para isso. Claro que o foco estava na medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico. Fico feliz pelo meu trabalho. Eu sinto que eu merecia muito essa medalha. Sou apaixonado pelo meu país, então fico feliz de ter representado ele muito bem”, declarou Medina sobre a conquista do bronze.

O surfista de São Sebastião também comentou a falta de onda na semifinal, condição que o prejudicou demais: “Faz parte. Temos que saber lidar com o mar. Infelizmente a minha primeira bateria foi de poucas ondas. Mas faz parte do esporte. Fico feliz por ter dado o meu melhor. E isso é o que importa, independente do resultado. Começou de forma triste, mas terminou de forma feliz”. FONTE: AGÊNCIA BRASIL