Um policial civil atirou e matou um colega também policial civil que seguia viagem com ele em uma viatura descaracterizada da corporação pela rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-225), na altura de Santa Cruz do Rio Pardo (90 quilômetros de Bauru), no fim da manhã desta sexta-feira (4). O crime ocorreu dentro de uma ambulância, enquanto eles eram socorridos em razão de um acidente. O caso foi registrado como homicídio e é acompanhado pela 4.ª Corregedoria Polícia Judiciária de Bauru.
Segundo o JC apurou, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel da concessionária da rodovia socorria os policiais quando houve o disparo à queima-roupa, que atingiu a cabeça do policial.
Momentos antes do crime, a viatura em que eles seguiam colidiu contra a traseira de um caminhão, próximo ao quilômetro 315. Os policiais civis tiveram ferimentos leves. Eles seriam de Presidente Prudente e viajavam para São Paulo quando o fato ocorreu.
SOCORRO E TIRO
Como o acidente ocorreu próximo a uma base de socorro da concessionária, os dois policiais receberam atendimento rápido. Na ambulância estavam um médico e enfermeiros. O policial que morreu estaria deitado na maca quando foi atingido pelo acusado.
Testemunhas do crime ouvidas pelo Jornal Debate, disseram que o atirador iria ser medicado com sedativos instantes antes de se levantar e atirar contra a vítima.
Após sacar a arma e disparar contra a cabeça do próprio colega, o acusado teria tentado se matar, mas foi contido pelo médico da UTI móvel, que acabou entrando em luta corporal com o policial para evitar um suicídio.
A Polícia Rodoviária foi acionada e tanto o médico quanto o acusado foram encaminhados para a Santa Casa de Misericórdia, em Santa Cruz, para receberem atendimento em razão dos ferimentos.
O corpo do policial civil morto foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ourinhos.
Na tarde desta sexta (4), o médico e o atirador foram liberados do hospital para prestar depoimentos. Foi realizada prisão em flagrante do policial civil que matou o colega. Ele responderá por homicídio.
Várias linhas de investigação são consideradas pela polícia, entre elas a possibilidade de que as vítimas teriam discutido anteriormente. Também não é descartado um possível surto por parte do policial que atirou.
Responsável pela 4.ª Corregedoria Auxiliar de Polícia Judiciária de Bauru, o delegado Eron Veríssimo Gimenes esteve no local e acompanha o caso. O órgão informou que não pode se manifestar sobre o assunto.
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