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Sexta, 19 de abril de 2024

Provedor da Santa Casa diz que só um dos funcionários está internado no momento

Alcides Bernardi evita o alarmismo depois que SBT apontou até 18 casos entre funcionários, incluindo médicos

07 de Mai 2020 - 18h:24 Créditos: Paulo César Grange
Crédito: Reprodução/Sindsaúde ; Alcides Bernardi (centro) com dirigentes do hospital e do sindicato, que doou 1.000 máscaras caseiras

Diante da denúncia levada ao ar pelo SBT (Noticidade) no programa das 12h de que um foco de coronavírus está dentro da Santa Casa, com 11 casos entre funcionários e sete entre médicos, o provedor do hospital se manifestou, evitando o alarmismo.

Alcides Bernardi Júnior disse que “são três ou quatro médicos” com casos confirmados e que do grupo de funcionários só um está internado nesta quinta-feira, dia 7 de maio. Os demais casos positivos o paciente foi para casa em isolamento. O primeiro médico, que chegou a precisar da UTI, já voltou a trabalhar.  Bernardi calcula em cerca de 20 os recuperados que passaram por atendimento na Santa Casa de Jaú, sem contar quem passou pelas unidades de saúde de Jaú e ficaram isolados em casa.

Quantos na UTI hoje - Ele aproveitou para informar que são 20 os pacientes internados por volta da 15h30 desta tarde na Santa Casa de Jaú – dez na UTI e dez na enfermaria. Segundo ele, o número de dez é o máximo que chegou a ser tratado na UTI simultaneamente. O hospital tem dez vagas “compradas” pela Prefeitura de Jahu e mais dez criadas para serem custeadas pelo SUS, que ainda não assinou o convênio. Somando tudo, diz que é possível chegar a 25 ou 30 leitos de UTI.

Sobre a infecção de médicos, Alcides Bernardi diz que pode ter outros médicos suspeitos ou com a doença que trabalham em outro hospital. Sobre funcionários com covid-19, ele diz que a Santa Casa é para onde vão as pessoas doentes e que o contágio tende a ocorrer, mesmo com a entrega de EPIs. E garantiu que teve funcionário que contraiu a doença fora – uma vez que estava de férias e no dia seguinte da volta ao trabalho exame deu positivo.

Máscara a todos - Bernardi diz que está dando equipamento aos funcionários e que chegou recentemente mais de 7 mil máscaras N95 (a correta para o uso com quem trabalha no hospital e lida com pacientes suspeitos). Serão entregues a todos os funcionários.  “Todo dia .1200 máscaras vão para o lixo”, diz referindo-se ao consumo excessivo, que, aliado ao preço alto, dificulta o hospital repor o estoque. 

A respeito dos muitos casos que esta surgindo este mês, ele lamenta que muita gente não respeita as medidas. Cita médicos, funcionários e a própria população que não leva a sério o risco de contágio. “Vão pegar mesmo”, alerta, esperando que não sejam tantos casos a ponto de o hospital não conseguir atender a todos. Ele pontua que tirando os três óbitos de pacientes que vieram de fora já em estado grave, ninguém morreu em tratamento na Santa Casa de Jaú.


Sindicato fiscaliza  -  No fim de março, preocupado com o risco de contaminação dos profissionais da área, o sindicato da categoria obteve liminar na Justiça do Trabalho obrigando a Santa Casa de Jaú a fornecer um kit de EPIs a todos os funcionário. Medida semelhante obtida para o Hospital Amaral Carvalho. De acordo com o sindicado desde então tem chegado denúncias de falta de EPIs.

Nesta quinta-feira, segundo a presidente do Sindicato da Saúde de Jaú e Região, Edna Alves, a chefia teria informado o pessoal do apoio (limpeza, copa...) que todos passariam a receber a máscara N95.

Ela entende que se apareceram tantos casos assim (11) no hospital é possível que o hospital tenha perdido o controle justamente por não equipar funcionários fora da UTI e enfermarias da covid.

“Temos informação de casos positivos entre funcionários do pronto socorro”, comenta. E questiona o rodízio de funcionários, que num dia atende pacientes de covid e no outro sobe para trabalhar em outro setor. Essa transição de um lugar para outro pode levar o vírus e ajudar a espalhar.


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