Uma postagem nesta semana em perfil de cidadã de Jaú chamou a atenção de muita gente para as obras de macrodrenagem realizadas no Córrego dos Pires no trecho abaixo do Lago do Silvério. As árvores que margeiam o curso de água foram “concretadas” na calçada, desrespeitando as normas ambientais.
A postagem é de Natália Galastri e foi compartilhada por outros cidadãos. No perfil ela questiona: “Concretaram até o tronco das árvores. Cadê a mata ciliar? Agora temos concreto ciliar”, lamenta. Vera Lúcia Toledo Pedroso comentou na mesma linha: “Cimentaram tudo! Acabou a mata ciliar. Quero saber o autor!”
Para Tarcisio Fernando Cogo, o problema do alagamento é real. "Muito triste, precisa ver o projeto se era pra concretar tudo! Acabou com toda permeabilidade, depois vão reclamar das enchentes!"
O locutor de eventos Betão Sangerotti, também adepto de práticas esportivas ao ar livre, diz que as árvores vão morrer de sede. E marcou o secetário de Meio Ambiente de Jaú sobre o projeto inadequado que começou a ser elaborado ainda no primeiro mandato do prefeito Rafael Agostini e está na fase final de conclusão somente agora.
“Peça por favor para o pessoal de obras deixarem as ‘bocas’ das árvores abertas. Elas precisam beber água. Aqui em Jaú esse é um problema recorrente. Cimentam todo o entorno dos caules não deixando nenhum espaço para a água que escorre das chuvas atingirem o chão. Por ignorância ou descaso. Quero crer que por ignorância”, falou Betão.
Na mesma postagem o secretário Amilcar Marcel de Souza, o Cecéu, explicou o que aconteceu, ressaltando que o projeto foi aprovado por governos anteriores e pouco pode ser feito. “Essa é uma obra do PAC de 2013 com todas as licenças da Cetesb e DAAE emitidas. Foram feitas nos últimos dois anos e, agora estão tirando os tapumes para a entrega. De imediato já determinamos desde março para serem feitos cortes no cimento de 2x2 nas árvores e a colocação do para peito nas margens. Fora isso, não será possível mais nada. O modelo que foi adotado é totalmente inadequado para essa região, mas é o que foi aprovado na gestão passada.”
Com a palavra a Promotoria do Meio Ambiente de Jaú