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Sexta, 19 de abril de 2024

SBT e Diário do Jahu mostram os 'furos' da listagem dos vacinados em Jaú

Jaumais antecipa lista na noite de segunda-feira, mas as falhas vieram à mostra em reportagem da TV

11 de Mai 2021 - 18h:59 Créditos: Paulo César Grange, com Diário do Jahu
Crédito: Arquivo / Jaumais

Por volta das 23 de segunda-feira o Jaumais foi o primeiro site de notícias a divulgar a listagem dos nomes das pessoas vacinadas em Jaú (CLIQUE AQUI), mas foi quando o dia amanheceu que as falhas começaram a surgir. A lista com todos os vacinados e outras informações precisa ser divulgada com base em lei municipal. A primeira falha foi a demora de 18 dias para divulgar a listagem desde a promulgação, Ao se debruçar sobre as mais de 490 páginas e 44 mil nomes outros problemas vieram à tona.

Uma das principais foi omitir a idade do vacinado, classificando apenas como idoso ou pela profissão. Também não informou corretamente onde o o cidadão recebeu a vacina. Número do documento também não aparece. A ordem da lista é por data de vacinação, mas aparecem nomes até de unidades de saúde de cidades vizinhas. A expectativa é que a Secretaria de Saúde publique uma lista atualizada com as devidas correções.

NA MÍDIA

O programa Noticidade, do SBT Central, apontou uma série de problemas e bateu pesado na Prefeitura pela falta de clareza. Ao longo do dia, o site Diário do Jahu fez um resumo das incongruências e expôs o pouco caso com que a lei municipal aprovada por todos os vereadores foi tratada. ABAIXO ALGUNS PONTOS:

LISTA DE VACINADOS EM JAÚ TEM ERROS, NOMES HOMÔNIMOS, FALTA DE NOMES E CAUSA CONFUSÃO

A lista de vacinados contra a Covid-19, em Jaú, enfim, foi divulgada pela Prefeitura nesta segunda-feira (11/05), mas com atraso de quase três semanas e vários erros já observados. A lei que determina transparência dessas informações foi aprovada pela Câmara Municipal no final de março e publicada no Jornal Oficial dia 22 de abril, portanto, deveria estar sendo cumprida desde então.

A legislação obriga o executivo a divulgar, por exemplo, o CPF de todos os vacinados, com ocultação dos cinco primeiros dígitos, para não expor dados pessoais. Em uma primeira análise da lista, é possível notar que isso não ocorre. A falha possibilita erros de interpretação: grupos de Whatsapp chegaram a acusar um vereador de ser “fura-fila”; algumas horas depois, surgiu a informação de que se tratava de um homônimo (pessoa de mesmo nome).

“Existem enormes falhas”, afirma o autor da lei, vereador José Carlos Borgo. Para ele, o município se viu pressionado a fazer a publicação, que “não está dentro do que a lei exige”. Com base na lei, também é necessário indicar a fase do plano de vacinação em que a dose foi aplicada, mas isso não ocorreu.

O texto ainda determina a divulgação da função exercida pelos vacinados, para que seja possível saber se foi imunizado no momento correto, conforme o plano de vacinação, ou não. Contudo, há inconsistências como “profissionais da educação física” configurados como “profissionais da saúde”.


Erros na lista

O local da vacinação também não é fiel à realidade, uma vez que os pontos de drive-thru não foram relacionados. Alguns moradores de Jaú, que foram vacinados nesse sistema, oficialmente acabaram listados em postos de saúde, de maneira aleatória. “Eu me vacinei no Flávio de Mello, mas aparece que foi na unidade no Santo Onofre. Algo está errado nisso tudo”, afirma uma idosa, que pede para não ser identificada. “Passa a impressão de que a Prefeitura não tinha as informações e saiu chutando, atribuindo nomes, funções e locais de vacinação”, desabafa um profissional da saúde.

O principal objetivo da lista é descobrir se houve casos de “fura-fila”, ou seja, gente que foi imunizada sem seguir a ordem determinada pelo plano de imunização. Porém, essa leitura fica prejudicada, já que há casos de profissionais da saúde cadastrados como idosos, e vice-versa. Se não bastasse, há relatos de pessoas que foram configuradas como moradoras de abrigos de idosos, sem que seja verdade. Além disso, o nome do imunizante aplicado (CoronaVac ou Oxford AstraZeneca) também apresenta incoerências.

Mal-estar na Prefeitura

A lei provocou reações dentro da Prefeitura, já que o prefeito Ivan Cassaro se recusou a sancionar ou vetar o texto aprovado por unanimidade pelo legislativo. A promulgação, portanto, coube ao presidente da Câmara, João Brandão do Amaral. Nos bastidores do executivo, é reconhecido o descontentamento com a iniciativa. A medida, cumprida parcialmente e com erros evidentes, deve ser questionada formalmente por vereadores.

VEJA A REPORTAGEM COMPLETA NO DIÁRIO DO JAHU

REPORTAGEM DO SBR. VEJA O PROGRAMA DESTA TERÇA NA ÍNTEGRA

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