A Santa Casa de Jahu tinha convocado uma entrevista coletiva para segunda-feira nas dependências do hospital, mas como a Prefeitura entrou na parada a entrevista mudou de dia e local e foi parar no gabinete do prefeito. Aliás, Ivan Cassaro diz que foi ele quem convocou a imprensa para falar da situação da covid em Jaú. Da parte do hospital, o provedor Alcides Bernardi Júnior falou sobre os desafios de oferecer atendimento sem os recursos necessários.
O diretor do Pronto Socorro, o médico Dr. Christiano de Luca Nassif, pede à população que só procure a Santa Casa para sintomas mais graves de covid, como falta de ar, por exemplo. Paras sintomas leves ele pede que o cidadão procure o Pronto-Atendimento São Judas e as unidades básicas de saúde.
“O hospital recebeu até agora cerca de R$ 5 milhões para tratamento da Covid, sendo R$ 2,7 milhões do Ministério da Saúde e R$ 2,3 milhões em Emendas Parlamentares. O hospital está sobrecarregado, o dinheiro está curto, tem os 200 mil habitantes das cidades da região que, na urgência, vêm para a Santa Casa, e não recebemos contribuições desses municípios. A Santa Casa está sobrevivendo, atendendo 80% do SUS, mas fica cada vez mais difícil”, finalizou Bernardi Júnior.
O provedor falou sobre o recente corte de 12% feito pelo Governo do Estado em dois programas de auxílio financeiro aos hospitais filantrópicos. Lembrou ainda que, em 2020, a Prefeitura recebeu um recurso de cerca de R$ 11 milhões do Ministério da Saúde e nenhum real foi repassado à Santa Casa.
Santa Casa lotada – Responsável pelo Pronto Socorro da Santa Casa, o médico Christiano de Luca Nassif manda um recado: “Na presença de sintomas leves, de febre, coriza, tosse, perda de cheiro e paladar, dor de cabeça e que não tenham falta de ar, devem procurar o Hospital São Judas e os Postos de Saúde. Reservem a Santa Casa para pacientes com falta de ar e que chegam ao hospital em unidades de transporte de urgência e emergência”.
Christiano Nassif ainda completou: “Muitos pacientes estão vindo ao Pronto-Socorro após realizarem exames de farmácia. Não devem fazer isso. Busquem orientação nos Postos de Saúde. Se a população ajudar dessa forma, já vai dar um respiro muito grande para conseguirmos atender com sucesso quem precisa de cuidados de média e alta complexidade”.
UTI ocupada - O secretário de Saúde, Rodrigo de Callis Brandão, lembrou que a evolução da pandemia já coloca Jaú num quadro pior do que uma semana atrás. “Hoje temos uma piora significativa dos dados, o que pode levar Jaú para a fase laranja (fase de atenção, com eventuais liberações), pois estamos com 76% de ocupação de UTI. As enfermarias estão lotadas e os médicos sobrecarregados”.
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