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Terça, 16 de abril de 2024

Hospital Amaral Carvalho recebe rodo de desinfecção criado pela USP

Aparelho emite radiação ultravioleta UV-C capaz de matar vírus como do Coronavírus e bactérias presentes no chão

13 de Abr 2020 - 16h:55 Créditos: Divulgação
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O Hospital Amaral Carvalho (HAC) recebeu a doação de um rodo com radiação ultravioleta usado para descontaminação de pisos. O equipamento foi desenvolvido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o professor e diretor do IFSC, Vanderlei Bagnato, há mais de dez anos se descobriu a eficácia da radiação para esterilização, usada, inicialmente, para áreas como odontologia e fisioterapia. Recentemente, os estudos se concentraram para desinfecção de ambientes hospitalares. “O chão é um grande desafio. É uma área com grande acúmulo de microrganismos”, ressalta Bagnato, que explica que bactérias e vírus, como o novo Coronavírus, por exemplo, podem sobreviver durante muitas horas em superfícies como porcelanas e madeiras e podem se propagar por meio dos sapatos.

A aquisição do equipamento foi por intermédio da dermatologista do HAC, Ana Gabriela Salvio, para desinfecção dos quartos dos pacientes que podem vir a ser internados na unidade com COVID-19.

O rodo emite a radiação ultravioleta UV-C, com propriedades para matar germes. “A radiação ultravioleta destrói ligações químicas. Ou seja, ao entrar em contato com microrganismos, destrói membranas, camadas proteicas e material genético (DNA) evitando assim a reprodução. A radiação inativa esses germes”, explica. A recomendação é que o equipamento seja usado durante um minuto em cada metro quadrado da superfície a ser descontaminada.

Segundo o infectologista e gerente médico do Hospital Amaral Carvalho, João Gabriel Soares, o aparelho será de extrema importância na unidade. “Com ele, poderemos garantir um ambiente seguro para nossos pacientes. Ao fim da pandemia, daremos continuidade nesse processo de limpeza, assegurando que não tenhamos bactérias hospitalares nos aposentos.”


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