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Terça, 16 de abril de 2024

Craques da “Live do XV” jogaram pelo Galo e fizeram sucesso em grandes clubes

Marolla, Mano e Alfinete defenderam o XV entre o fim dos anos 70 e início dos 80 e voltaram para a comissão técnica do clube anos depois

13 de Jul 2020 - 11h:10 Créditos: Paulo César Grange
Crédito: Divulgação. Alfinete, Thiago (diretor), Mano, Marolla e Careca

Os ex-jogadores do XV de Jaú convidados especiais para a “Live do XV” na noite desta segunda-feira (13/07), às 19h, começaram suas carreiras no clube, fizeram sucesso e chegaram a grandes clubes do futebol brasileiro. Todos tiveram carreiras reconhecidas no futebol, com títulos e conquistas que os tornaram celebridades por onde passaram. Hoje, Marolla, Wilson Mano e Alfinete estarão num bate-papo beneficente em prol do Abrigo São Lourenço, de Jaú

A live beneficente começa às 19h, com a presença também do gerente de Futebol do XV, Careca Paiva, com animação musical do cantor Silas Lemos e apresentação do jornalista Artur Filho. Alimentos e produtos de limpeza poderão ser entregues na Loja do XV. Doações em dinheiro devem ser feitas por meio do QR Code que vai estar na transmissão e já pode ser visto no site www.xvdejau.com.

O trio chegou a trabalhar junto na comissão técnica e diretoria do XV em 2009 e 2010. Mano, Marolla e Alfinete dividiram a tarefa de remontar um time para a disputa da Série A-3 daquele ano. Eram os “notáveis” convidados pelo presidente José Antonio Construtor de Oliveira. Marolla e Alfinete eram diretores de futebol. No trabalho de campo estavam Wilson Mano, Márcio Griggio e Níveo Caetano.


MAROLLA

Fiodermundo Marolla Júnior, 59 anos, natural de Jaú, orgulha-se de ter sido goleiro titular do XV quando era um adolescente. Com 16 anos de idade, em 1978, ele já vergava a camisa verde e amarela do Galo. Essa precocidade na carreira comprovou que Marolla era um goleiro fora de série. Fez sucesso no Santos FC, defendeu a seleção brasileira de novos e jogou pelo Atlético-PR.

Marolla começou muito cedo sua carreira. Desde garoto sempre foi apaixonado pelo futebol. Gostava de jogar no gol. O negócio dele era evitar gols. E começou a mostrar que sabia fazer isso bem feito nas divisões de base do XV, em 1977, um ano depois de o XV reconquistar um lugar na divisão de elite do futebol paulista.

No ano seguinte estava no elenco profissional, levado pelo técnico Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho. Tinha 16 anos de idade quando virou titular. Era o dono da camisa 1. “A responsabilidade era muito grande, mas minha vontade de jogar e ajudar o XV era maior ainda e superava tudo isso”, relembra Marolla em entrevista anos atrás

Ele ganhou logo a confiança do treinador e da torcida, antes temerosa por ver um moleque defendendo o gol de um clube de tanta tradição. A pressão dos torcedores era grande. Ele resistiu. Suas defesas chamaram a atenção de dirigentes de grandes clubes do Estado. Em 1980 foi vendido para o Santos FC, ficando no clube do litoral até 1985.

 Nesse período foi convocado para a Seleção Brasileira. Em 1981, disputou as Eliminatórias da Copa do Mundo de 1982 como reserva de Valdir Peres. Antes, porém, passou pelas categorias menores da seleção - sub-15, sub-17 e sub-20. Sempre como titular.


Foi nesta época, em 1980, que disputou um tradicional torneio internacional, o de Toulon, e sagrou-se campeão com a seleção de novos. No time dele estavam jogadores como Luis Cláudio, Édson Boaro, Dudu, Mozer, João Luis, Robertinho, Cristóvão, Baltazar, Mário e João Paulo.

Do Santos foi para o Atlético-PR, por onde ficou por cinco anos, até 1990. Atuou ainda pelo Criciúma (1991), Botafogo de Ribeirão (1992), Paulista de Jundiaí (1993 a 1995), ocasião em que encerrou a carreira. “Poderia continuar e ter jogado muito mais, mas o fator família, o desejo de estar mais perto, pesou. E aí tomei a decisão de parar.”

Marolla diz que tem no currículo o título de recordista brasileiro em defender pênaltis. Em 1988, a CBF elaborava um ranking para saber qual o goleiro que mais defendia penalidades. Marolla contra que em 44 cobranças, ele defendeu 17. Chegou a receber da Revista Placar o prêmio Bola de Ouro. Depois, a CBF parou de fazer as estatísticas.

Após abandonar as luvas, Marolla iniciou um novo trabalho, a de treinador de futebol. A primeira experiência foi no próprio XV de Jaú, sendo auxiliar-técnico de Wilson Mano em 1999 a 2000. Ao mesmo tempo acumulou a função de treinador da escolinha do Galo e do Galinho. Em 2001, Marolla foi treinador das equipes de base do Mogi Mirim. Também deu aulas em escolinhas de futebol. Atualmente trabalha na equipe de segurança do Hospital Amaral Carvalho.

Em agosto de 2006, Marolla e uma série de ex-jogadores santistas foram homenageados pelo clube. Os jogadores tiveram seus nomes imortalizados nos camarotes, que foram restaurados e ganharam denominação em homenagem aos craques que passaram pela Vila Belmiro. 


WILSON MANO

Wilson Carlos Mano, 56 anos, é natural de Auriflama (SP), na região de Araçatuba. Wilson Mano teve duas passagens pelo XV como treinador, clube onde iniciou sua carreira. Em 2009 ele fez parte da comissão técnica de “notáveis”, ao lado de  Alfinete e Marolla e dos auxiliares Níveo e Márcio Griggio.

Iniciou sua carreira de atleta profissional em 1981 no XV. Trazido por um olheiro, foi aprovado pelo técnico do XV na época, o Cilinho, Otacílio Pires de Camargo. “Joguei na categoria júnior por uma semana, mas na semana seguinte já estava no elenco profissional, ganhando a confiança do professor Cilinho. Atuei a maior parte do tempo como zagueiro, mas desempenhei outras funções em campo no XV. Era o zagueiro titular, mas quando os treinadores precisavam jogava na lateral, de volante e até de atacante”, lembrou o ex-zagueiro em entrevista ao Comércio do Jahu tempos atrás.


Mas foi no Corinthians que ele ganhou notoriedade e a fama de jogador “curinga”, por ter sido escalado em todos os setores. “No Corinthians só faltou jogar no gol. Das demais posições, joguei em todas.” E fez sucesso, tendo conquistado títulos estadual e nacional, como o Brasileirão de 1990.

No XV, Mano jogou de 1981 a 1985. Depois, defendeu o Corinthians por oito anos. Na seqüência atuou em clubes como Jubilo Iwatta (1993), Corinthians (1994), Grêmio São Carlense e Bahia (1995), XV de Jaú e Fortaleza (1996), quando encerrou a carreira de atleta para ingressar na de técnico de futebol.

Sua nova carreira também começou no XV. Foi em 1999, ficando até 2001. A partir daí correu o trecho, treinando Jaboticabal (ainda em 2001), Ferroviária/SP, Anapolina/GO, Francana/SP, Costa Rica/MT e Força/SP. E depois XV novamente em 2009.


ALFINETE

Carlos Alberto Dario de Oliveira, o Alfinete, 59 anos, ex-lateral-direito do XV de Jaú, Corinthians, Grêmio Fluminense... Ele foi um dos componentes da comissão técnica de notáveis formada em 2009 pelo XV, tendo a companhia de Marolla, Wilson Mano, Níveo e Márcio Griggio.

Alfinete nasceu em Jales (SP). Dedicou 30 anos ao futebol como atleta e técnico. Começou a jogar bola em 1978, quando o técnico do XV era Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho. Ele veio a Jaú por indicação do técnico Acosta, que o dirigia no Votuporanguense, onde estudava

O ex-lateral direito ficou no XV até 1982, quando foi vendido para o Corinthians, clube que defendeu até 1984. Depois, atuou na Ponte Preta e ainda Joinvile, Grêmio-RS, Atlético-MG, Ituano, Vila Nova-GO, Grêmio-RS (de novo), até encerrar sua carreira no Fluminense-RJ, em 1994.


Voltou a Jaú para ficar com a família e, em 1996, começou a investir na carreira de treinador como auxiliar-técnico de Cilinho, que treinava o XV de Jaú na sua volta à primeira divisão do Campeonato Paulista. Antes, Alfinete tinha trabalhado como técnico em Goiás.

Entre 1998 e 1999, Alfinete voltou ao XV como assistente de Wilson Mano. Como treinador profissional passou por Barretos, Anápolis/GO, Minas Sul, Goiatuba/GO, Rio Verde e Toledo/PR. Em 2008, trabalhou no Anápolis/GO e no Brasiliense/DF, neste último na Série B do Campeonato Brasileiro. Pouco depois estava no XV ao lado de Mano, Marolla e Níveo em 2009.


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