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Sexta, 19 de abril de 2024

Secretário de Governo vai ter de explicar a vereadores a demissão 'política' de Cris Banhol

Administração de Ivan Cassaro vai ter oito dias para atender à convocação

13 de Set 2021 - 19h:43 Créditos: Paulo César Grange
Crédito: PC Grange/Jaumais

Deu resultado a pressão pela feita professora Cristiane Banhol na sessão da Câmara de Jahu nesta segunda-feira. O resultado é que a Secretaria de Governo vai ter de explicar a vereadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte os motivos que levaram à demissão da servidora da educação Cristiane Banhol. No entendimento do vereador Matheus Turini (PDT) há um claro sinal de perseguição política contra a professora, que fez denúncias sobre a falta e equipamentos a profissionais da saúde na pandemia.

Vereador  Turini mostra para Cris Banhol requerimento aprovado na sessão

VÍDEO DO VEREADOR FALANDO COM A PROFESSORA QUE PEDE  A REINTEGRAÇÃO AO CARGO

Turini diz que o secretário de Governo terá de comparecer ao Plenário para "explicar as incongruências no episódio que levou à demissão da servidora municipal Cristiane Banhol". Sob os gritos de "assina", "assina" e "reintegra Cris", os vereadores Bill Luchesi e Tito Coló assinaram o documento proposto por Turini - eles fazem parte da Comissão de Educação e são vereadores alinhados com o atual prefeito.

Foi uma vitória, segundo Cristiane Banhol, apesar de a briga pela reintegração estar só no começo. "Vai ser importante para ouvir as explicações do secretário", comentou. "Eu recebi com muita alegria o carinho da mobilização de hoje que trouxe, a principio, dois resultados muito positivos. A demonstração de apoio de ativistas, dirigentes sindicais, servidores e professores e vereadores, e a aprovação da sessão para indagar o secretário sobre o processo e a demissão. Ambos muito importantes nesta luta em defesa das liberdades democráticas."


O vereador Matheus Turini. "Na minha palavra livre apresentei um requerimento e pedi aos demais vereadores para assinarem, para que o secretário de governo venha até a Câmara para explicar. Nosso regimento permite que o presidente da Câmara ou a comissão permanente possa convocar. Ele até oito dias para vir e sex esplicar, com isso a gente espera fazer pressão sobre o governo sobre as incongruências e o teor político que é essa demissão, essa injustiça contra a servidora."

Para o vereador, é evidente a perseguição política. "Como que pode duas decisões distintas na mesma situação. A única explicação é que a Cristiane não é da base do prefeito e a outra servidora foi candidata a vereadora pelo grupo do prefeito", disse o vereador, referindo-se a uma segunda servidora que também era acusada de denunciar a falta de EPIs, mas que continua no pleno exercício do serviço público.

Cris Banhol é autora de denúncias da falta de EPIs a profissionais da saúde no início da pandemia no ano passado, ela foi alvo de uma investigação, acabou suspensa pela administração passada, mas foi reintegrada no fim do mandato. Agora, sob a administração de Ivan Cassaro, o processo foi reaberto e ela acabou exonerada novamente. Para a professora não tem motivo e nem fato novo para o processo ser reaberto e ela ser punida duplamente.




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