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Quinta, 28 de março de 2024

HC de Botucatu implanta novo serviço ambulatorial para pacientes com 'barriga d´água'

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18 de Out 2020 - 11h:08 Créditos: Assessoria, GSP
Crédito: Médicos da Gastroenterologia Clínica e Hepatologia, além de residentes, enfermeiros e técnicos de enfermagem, formam a equipe do serviço.

O prédio dos ambulatórios do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) recebeu, a partir do início deste mês, um novo serviço ambulatorial para atender pacientes com ascite, popularmente conhecida como “barriga d’água”, que precisam frequentemente de uma drenagem específica – chamada paracentese.

A ascite é definida como o acúmulo anormal de líquidos ricos em proteínas dentro da cavidade abdominal, não sendo considerada uma doença, mas sim um sintoma de outras enfermidades, como insuficiência renal ou cardíaca.

Fernando Gomes Romeiro, médico responsável pelo serviço, conta que a ideia da implantação surgiu há, pelo menos, dez anos. “Na época, percebemos que a demanda por este tratamento estava aumentando no Pronto-Socorro Referenciado, onde tínhamos uma única sala para realizar todos os procedimentos, além de já estarmos trabalhando para reabrir o serviço de transplante hepático do HCFMB, reiniciado em 2011”, salienta.

O serviço atende em dois dias na semana, no prédio dos ambulatórios, recebendo pacientes que estão em acompanhamento no próprio HCFMB ou encaminhados por postos de saúde e hospitais da região. Todos os materiais necessários para a realização das paracenteses estão disponíveis.

Benefícios

Médicos da Gastroenterologia Clínica e Hepatologia, além de residentes, enfermeiros e técnicos de enfermagem, formam a equipe do serviço. Para Fernando Gomes Romeiro, o atendimento traz diversos benefícios para o tratamento, além da viabilização de mais transplantes de fígado, e à parte acadêmica.

Segundo o médico, a maior causa da ascite é a cirrose hepática, doença em que o HCFMB é referência no tratamento e que, quando agravada, exige um tratamento mais específico.

“Mais da metade dos pacientes com cirrose tem ascite em algum momento da vida. No começo, eles melhoram com o tratamento clínico, com a redução da ingestão de sal e o uso de diuréticos. Mas, infelizmente, alguns pacientes começam a ter complicações pelo uso dos diuréticos, precisando fazer a retirada do líquido semanalmente através da paracentese, e é nesse ponto que o ambulatório atua, reduzindo os atendimentos no Pronto-Socorro”, completa.

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