Reunião entre o prefeito de Jaú, Rafael Agostini, e comerciantes dos ramos de restaurantes, lanchonetes, academias e salões de beleza nesta quinta-feira não foi tão conclusiva como se esperava. O prefeito teria entrado em acordo com os empresários no que se refere a facilitar a volta à atividade dos seus estabelecimentos, mas condicionou isso ao resultado a ser divulgado nesta sexta-feira pelo governador João Dória.
Nesta sexta vai ser feita nova classificação do Plano São Paulo e definir se Jaú e a região na qual faz parte (Bauru) permanece na fase Laranja, se retrocede para a Vermelha ou se avança para a Amarela. Os próximos passos da Prefeitura de Jahu dependem de onde a cidade for colocada.
Após a reunião, o prefeito disse que os números da pandemia na cidade variam bastante – está claramente em alta conforme os boletins do Município e da Santa Casa – por isso não foi possível tomar uma decisão nesta quinta. Na sexta, ao saber a fase que a cidade vai estar e de posse dos números da Secretaria da Saúde o prefeito vai emitir um novo decreto.
Se Jaú for para a fase Amarela todo mundo vai ficar contente e o prefeito faz um decreto atendendo aos setores que fizeram passeata na última segunda-feira. E fica tudo em paz, tudo alinhado com o Estado.
Agora, se Jaú continuar na fase Laranja, o prefeito pretende criar um mecanismo que vai mudar a forma da quarentena até então. Deverá ser criado um rodízio, fechando setores que não sofreram com a pandemia e abrindo setores prejudicados. Lojas de material de construção e supermercados, por exemplo, passariam a ter horários reduzidos. Isso se os números da cidade permitir essa flexibilização, caso contrário o caminho vai ser fechar quase tudo.
“Caso ficarmos na fase Laranja ou vamos fazer um lockdown e restringir mais ainda, acabar com essa brincadeira por uma semana e todo mundo vai pagar, pra gente sair disso mais rapidamente, ou então, se os números locais não forem tão ruins, vamos estabelecer um tipo de rodízio, com restrição de outros segmentos para que esses (restaurantes, academias salões) possam tomar um fôlego e não ter tanto prejuízo como já tiveram”, disse o prefeito.
Ele considera que o problema da pandemia não é barbearia ou outro segmento. Ele pontua que o governador João Dória deveria ter sido mais rígido no início e fechar tudo por um mês, seguindo modelo adotado em países da Europa. Mas não foi bem isso o que ocorreu. Ainda com o contágio em alto alguns setores voltaram a funcionar. Rafael vê que criar cores para o Estado, abrindo aqui e fechando lá, não funciona muito tendo em vista que as pessoas se deslocam e o vírus vai junto.
Ao canal Tem Coisas.., o comerciante do setor de restaurante Nilson Ulrrich, que está liderando dos protestos, relatou um acordo firmado com o prefeito, "Hoje a cidade está na 'Fase Laranja' e nos estamos fechados. Se amanhã nós formos mantidos nesta 'Fase', o prefeito vai permitir que possamos trabalhar. Esse foi o acordo, o combinado com ele".