Paulo Eduardo Veratti Diz foi condenado há 9 anos e 4 meses de prisão, regime fechado, por atropelar e matar dois rapazes há 12 anos, depois de sair de uma boate e dirigir, segundo testemunhas, em alta velocidade. O julgamento terminou mais de 2 horas da madrugada desta 5ª feira (26), quando foi proclamada a decisão do Tribunal do Júri e reconhecidos os homicídios (ele assumiu o risco do que aconteceu). Ele também era acusado de lesão corporal grave contra outros dois rapazes, mas esses crimes prescreveram ao longo do tempo.
Apesar da condenação, Paulo continuará respondendo ao processo em liberdade – ele está nessa condição desde a data dos fatos, em julho de 2009, depois de pagar fiança de R$ 1,2 mil e se livrar da prisão em flagrante. Caso a defesa dele resolva recorrer da decisão do Fórum de Jaú, terá prazo de 5 dias para fazê-lo. De qualquer forma, a advogada Daniela Rodrigueiro, que atuou pela condenação de Paulo, disse que “foi uma vitória” e que para as famílias que perderam seus filhos, “essa condenação repara um pouco a dor que elas sentiram”.
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De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), Paulo Diz dirigia um Honda Civic 2008 em alta velocidade na saída da boate e, transitando pela Av. Isaltino do Amaral Carvalho, bateu em veículo regularmente estacionado e avançou sobre rotatória próxima ao shopping, onde estavam os jovens. Morreram Natan Jonas Padim, 18 anos, e Heikson Gustavo da Silva, 17, que eram primos; outros dois foram gravemente feridos, inclusive outro primo deles, que carrega lesões do atropelamento até hoje. Todas as acusações do MP foram acolhidas integralmente pelo Tribunal.
“Ficou o recado de que essa combinação de bebida, volante, alta velocidade e querer fazer o que vem à mente, sem medir as consequências, não cabem mais na sociedade que vivemos. Não é mais possível tolerar a irresponsabilidade com os outros”, pontuou Daniela. A advogada relatou que para os familiares dos jovens mortos, a condenação de Paulo Diz foi “um ponto final nessa história, mesmo que depois de longos 12 anos de espera”.