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Quinta, 28 de março de 2024

Pacientes com câncer devem receber vacina contra gripe, recomenda infectologista do HAC

A médica explica que pessoas com doenças crônicas não transmissíveis em condições especiais têm prioridade para receber a vacina da gripe.

27 de Abr 2021 - 18h:26 Créditos: Assessoria HAC/Ariane Urbanetto
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Começou imunização contra o vírus da gripe (Influenza). Além de evitar complicações mais graves da doença, essa vacina é uma grande aliada dos serviços de saúde durante a pandemia, evitando hospitalizações. A infectologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC) Priscila Paulin afirma que quem está em tratamento de câncer faz parte do grupo prioritário para receber a dose e destaca aspectos importantes sobre a vacinação.
A médica explica que pessoas com doenças crônicas não transmissíveis em condições especiais têm prioridade para receber a vacina da gripe. “Pacientes com câncer se enquadram nesse grupo, pois têm a imunidade comprometida pela própria doença e até por conta do tratamento”.
Além de fazerem parte da lista dos que devem receber a dose no início da campanha, a médica ressalta que os pacientes oncológicos devem tomar a vacina, que é segura e não interfere no tratamento. “Transplantados, gestantes e até crianças a partir dos seis meses também podem ser vacinados contra a gripe. É um imunizante com segurança bem estabelecida. Há um tempo, era contraindicada a pessoas alérgicas a ovo, mas hoje, até mesmo esses podem receber a dose”, comenta.



A vacina causa gripe
   A infectologista conta que é muito comum as pessoas replicarem o boato de que, quem recebe essa vacina, pode ‘pegar gripe’. “Essa é uma vacina de vírus morto, que não tem capacidade de causar a doença. O que ocorre é que ela protege contra três tipos de vírus e, a resposta imunológica de cada um é diferente. Então, pode ocorrer de uma pessoa, mesmo vacinada, ter gripe por não apresentar resposta à imunização. Pode ser também que já estava infectada ao receber a dose, no período de incubação, ou seja, já estava com o vírus, mas não tinha desenvolvido a doença ainda”.

Priscila Paulin, médico do Hospital Amaral Carvalho



Durante a pandemia
   A vacina contra a Influenza pode ajudar indiretamente no enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus. De acordo com a médica do HAC, quanto menos pessoas doentes com gripe, menor será a sobrecarga nos hospitais e postos de saúde que estão tratando a COVID-19.
   Priscila esclarece que é necessário ficar atento aos intervalos entre vacinas contra a gripe e a COVID-19, que deve ser de 14 dias. “Como também estamos em campanha de imunização contra a COVID-19, caso a pessoa não tenha recebido as doses dessa vacina e as datas conflitem, ela deve dar preferência para a vacina contra a COVID, que é o vírus predominante agora, e buscar a vacina contra a gripe após o período indicado”.
   Outros pontos relevantes a serem considerados: quem teve COVID-19, deve aguardar 28 dias após o diagnóstico para receber a vacina da gripe e, quem estiver com febre e mal-estar no dia da vacinação, não poderá receber a dose. “O ideal é não ficar inseguro. Seja no posto de saúde onde recebe as vacinas, no consultório ou com o médico que acompanha seu tratamento, esclareça qualquer dúvida sobre os intervalos e garanta as duas imunizações, contra a COVID-19 e contra a gripe”, completa.

Cronograma
   A campanha de vacinação contra a gripe será realizada em três etapas que compreendem diferentes grupos prioritários e que podem mudar, conforme programação de cada município. Neste mês, estão sendo vacinados profissionais da saúde, indígenas, gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias após parto) e crianças de seis meses a cinco anos completos. A partir do dia 11 de maio, é a vez dos idosos (acima de 60 anos) e professores. Em 9 de junho, começa a última etapa que contempla as pessoas com deficiência ou comorbidades, entre elas, pacientes oncológicos, além de caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo, profissionais de forças armadas, de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e jovens/adolescentes sob medidas socioeducativas. Depois disso, a vacina deve estar disponível para a população em geral.

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