Depois de visitar padaria, farmácia e mercado local em Brasília, na manhã deste domingo (29), o presidente da República, Jair Bolsonaro, esteve no Hospital das Forças Armadas (HFA), onde ficou por cerca de 20 minutos. Ele cumprimentou populares e profissionais que lá estavam.
Não há informação oficial sobre a razão da visita ao hospital.
Depois disso, o comboio presidencial seguiu em direção a Ceilândia, uma região administrativa do Distrito Federal, que fica a cerca de 36 quilômetros do Palácio da Alvorada.
Ceilândia é a cidade onde moram familiares da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O presidente passou de carro pela região onde funciona uma feira, que está fechada em razão da determinação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de paralisar o comércio, escolas, e locais de grande aglomeração para evitar a propagação do novo coronavírus.
Apesar da feira não estar funcionando, a chegada do presidente reuniu várias pessoas que se aproximaram para tirar fotos.
FIQUE EM CASA
No retorno ao Palácio da Alvorada, o presidente voltou a reforçar sua posição pela abertura dos comércios. “Temos problema do vírus? Temos. Devemos tomar cuidado com os mais velhos. Mas temos a questão do desemprego também. O emprego é essencial. Se o Brasil não rodar, muitos vão perder o seu emprego”, declarou.
O presidente questionou protocolos das autoridades de saúde, dizendo que nem sempre devem ser seguidos. “Quantas vezes o médico não segue o protocolo? Por que não segue? Porque tem que tomar decisão. Chefe que sou, tenho que assumir riscos, tomar decisões. Não posso ficar em cima do muro e agindo politicamente correto, a nação afunda. E não vou me furtar de assumir posições”, comentou.
Em entrevista coletiva ontem (29), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que é preciso se preocupar com a economia e com atividades como logística, mas reforçou a importância de evitar aglomerações e circulação como forma de evitar que a disseminação do vírus aumente e haja uma sobrecarga no sistema de saúde.
“Se a gente sair andando todo mundo de uma vez, vai faltar [equipamentos e atendimento de saúde] para o rico, para o pobre, o dono da empresa e o dono do botequim. Precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso. Vamos nos mover pela ciência e parte técnica. Nosso problema não é a letalidade para o indivíduo. A conta é que esse vírus ataca o sistema de saúde e da sociedade como um todo”, ressaltou o ministro.