Crédito: Prefeitos em Brasília - vídeo da prefeita de Bauru
Semana passada, quando os números de mortes em Jaú caíram pela metade em relação a fevereiro, o prefeito Ivan Cassaro chegou manifestar o desejo de adotar medidas mais flexíveis dentro da fase Emergencial do Plano São Paulo. Mas não foi isso o que o prefeito decidiu. Decreto mantendo tudo como está foi publicado no Jornal Oficial de Jahu.
Por meio do decreto 7.982, de 29 de março, Cassaro mantém todas as medidas restritivas dos decretos anteriores que valiam até 30 de março, incluindo material de construção aberto só para delivery, igrejas sem cultos presenciais, comércio em geral e os setores de alimentação só com drive-thru e delivery, como também o toque de restrições depois das 20h. Escolas também não podem funcionar.
MEDICAMENTOS - A iminência da falta de medicamentos para tratar pacientes em estado grave nas UTIs, denunciada pela Santa Casa de Jahu e já faltando em hospitais de Lençóis Paulista, São Carlos e outras cidades, pode ter interferido na vontade do prefeito. Entre levar adiante a promessa de abrir o comércio aos poucos e o medo de uma nova onda de mortes na cidade, pesou a prudência. Fica como está, decidiu Ivan Cassaro.
O medo de faltar medicamentos para intubar pacientes com covid é real. Nesta terça-feira o prefeito foi para Brasília de carona em avião de empresário de Lençóis Paulista para uma visita ao Ministério da Saúde. Foram Cassaro, a prefeita de Bauru (Suéllen Rosin) e o prefeito de Lençóis (Anderson do Prado).
O objetivo pressionar o governo federal para que enviem medicamentos para a região, amenizando a situação caótica que poderá ocorrer em outras cidades, além do ocorrido em Lençóis - a primeira a gritar por socorro já que os medicamentos acabaram e foi preciso socorro da região para evitar novas mortes pelo coronavírus.
Outra questão que pode ter pesado contra a meta de flexibilizar as regras em Jaú, é que Ivan Cassaro teria de confrontar as regras estaduais, que foram prorrogadas por mais 15 dias pelo governador João Dória. No Estado, prefeitos que não seguem o decreto estadual, têm sido alvo de ações do Ministério Público.
ABAIXO O DECRETO DESTA SEMANA PRORROGANDO A QUARENTENA
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